Ergonomografia

Origem

Observando como são os movimentos da mão direita quando se escreve, percebi que os dedos ocupados, segurando a caneta, quando contraídos, só podem fazer pequenos movimentos e que, grande parte dos necessários eram executados pela articulação punho-mão e pelo deslocamento do braço no sentido da escrita, e que o compasso formado pelo apoio do punho e a ponta da caneta era pequeno e causava grandes distorções, exigindo grandes compensações.

Pude também observar, que com alguma prática, podia dispensar o movimento dos dedos, como no caso do mouse, por exemplo o mouse-caneta e com giz em lousa. Sendo o trabalho de escrever relacionado à coordenação motora e flexibilidade, construí um pequeno aparelho fisioterápico, que denominei OrthoGiro, destinado a estes exercícios, que passei a executar alguns minutos por dia, e após as primeiras sessões já podia escrever com letras corrente. Um grande progresso para quem, há muitos anos, escrevia com letras de fôrma maiúsculas.

Técnica

E, desta forma escrevendo, comecei a tentar imitar a escrita cursiva comercial inglesa, que pode ser considerada um modo universal de escrever, e sendo esta, inclinada para direita com ângulo interno de 53 graus.

Na tentativa de arrumar uma posição melhor para escrever, pude observar que, com a mão direita ao fazer um traço de cima para baixo no sentido transversal à linha de apoio escrita, contraindo apenas a musculatura dos dedos, como se puxasse um gatilho com o indicador , lá em baixo, e o polegar como uma mola empurrasse de volta a caneta no sentido contrario, lá em cima, o médio não participa somente acompanha, com o braço e mão apoiados em posição de descanso, alinhados e imóveis, e posicionados em cruz com as linhas sobre o papel, este traço forma um ângulo natural, constante com a horizontal, de aproximadamente 57 (cinqüenta e sete graus).

Aplicando este posicionamento à escrita, os traços inclinados passam a ser executados somente pelos movimentos para cima e para baixo devido à contração dos dedos, e são naturalmente obtidos sem esforço ou correção adicional mantendo o paralelismo e a uniformidade da escrita, alem de que, os dedos são muito mais ageis e produzem movimentos mais precisos que a articulação punho- mão.

Desta forma e utilizando o alfabeto criado para a escrita curciva 57 graus, os traços inclinados representam aproximadamente 50% dos utilizados, o que demonstra a grande participação dos dedos neste novo conceito.

Parte dessa técnica que mantém constante o ângulo dos traços inclinados pode ser também aplicada aos canhotos, que para obter o mesmo ângulo próximo de 57 graus, devem manter o papel num ângulo de 45 graus com a mesa, porem o braço deve formar com as linhas do papel um ângulo de 0 grau.

Surgia, então, a Ergonomografia, um método que busca adequar o trabalho de escrever as características do ser humano, a escrita cursiva 57 graus, e a técnica Preparar - Apontar - Escrever, PAE, técnica que muda, instantaneamente, o conceito e a forma de escrever da maioria das pessoas e estas descobrem que é uma maneira fácil e rápida de se obter uma letra melhor e uniforme, e para você que ainda não sabe que isto e possivel, melhorar a letra é muito bom. Este é o objetivo deste curso.

Função

Tomei, então, a decisão de tornar pública esta incrível experiência e, elaborei este curso tomando como base, as dificuldades encontradas, e para facilitar o trabalho foram especialmente desenvolvidas para cada lição folhas próprias, onde se vê traçado uma grade que mantém ângulo de 57 graus dos traços inclinados das letras e limita o espaço horizontal e o vertical a ser ocupado e outras folhas complementares, e uma série de lições que contem exercícios auxiliares para melhorar a coordenação motora e flexibilidade, e os que ensinam como desenhar cada letra do alfabeto, inclusive, as suas ligações com outras e cada algarismo, que podem ser facilmente acompanhados, compreendidos e executados com auto-correção e que, ao final delas, você terá atingido o objetivo de melhorar sua letra.